Todos os anos de 18 a 25 de Janeiro
No princípio, a Igreja estava unida… Em 1050, depois de uma série de discussões teológicas e num contexto histórico polémico, houve a grande separação entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas, que subsiste até hoje. No séc. XVI, o monge alemão Martinho Lutero deu início à Reforma Protestante.
Estas duas grandes rupturas, com culpas das várias partes, mantêm os cristãos escandalosamente divididos. Nos séculos após os Descobrimentos, católicos e protestantes evangelizaram o mundo, mas fizeram-no levando para as novas terras o escândalo do Corpo de Cristo dividido e em guerra.
Na última ceia, o Senhor Jesus rezou assim ao Pai: «Não rogo só por eles [os Apóstolos], mas também por aqueles que hão-de crer em Mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste.» (João 17, 20-21). Católicos, protestantes e ortodoxos rezam o mesmo Credo, mas estão divididos há séculos… Uma Igreja assim dividida entristece profundamente o nosso Mestre e prejudica a eficácia do nosso testemunho e da evangelização. Por ocasião do encerramento do oitavário da unidade dos cristãos de 2008, Bento XVI disse:
«Na conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, estamos ainda mais conscientes de quanto a obra da recomposição da unidade, que exige todas as nossas energias e esforços, seja contudo infinitamente superior às nossas possibilidades. A unidade com Deus e com os nossos irmãos e irmãs é um dom que provém do Alto, que brota da comunhão do amor entre Pai, Filho e Espírito Santo e que nela se aumenta e se aperfeiçoa. Não está em nosso poder decidir quando ou como esta unidade se realizará plenamente. Só Deus o poderá fazer!»
Publicado também em http://arciprestado-de-oliveira.blogspot.com/ e no Astrolábio, boletim das paróquias de Ervedal da Beira, Lagares da Beira, Lageosa, Lagos da Beira, Meruge, Seixo da Beira e Travanca de Lagos.
1 comentário:
Todos temos que procurar a união, mas respeitando os outros.
Como dizia S. Agostinho: "No essencial a unidade; no duvidoso, a liberdade; e em tudo a caridade."
Pergunto-me, às vezes, o que é essencial no cristianismo?
Será que damos espaço para a liberdade, para o questionamento ou vivemos sob a ditadura das verdades que nós mesmos criamos?
Em tudo a caridade. Que significará isto?
Enviar um comentário